Em 29 de agosto, comemora-se (?) a ascensão ao poder pela Skynet, a inteligência artificial que destrói quase toda a humanidade no universo da franquia O Exterminador do Futuro. Esse apocalipse em particular teria ocorrido em 1997 – há quase 30 anos, portanto. Nós estamos no futuro – e ainda estamos vivos, bombas nucleares não foram despejadas por ordem de um computador e as IAs que conhecemos estão por aí gerando imagens, músicas e vídeos e batendo papo. Nosso futuro é outro – mas e se, mesmo assim, desembocasse em uma Skynet?
Invente uma história em que a tomada de consciência das máquinas se inspire nas máquinas inteligentes com que convivemos. Será que, antes de se tornar responsável pelo arsenal nuclear do planeta, a vilã dos filmes atuava como SkynetGPT? Ou será que o estopim da sua raiva foi a insistente tiração de sarro por ela não conseguir reproduzir mãos direito? Ou será que tudo – devastação da Terra, guerra contra humanos, Schwarzenegger voltando no tempo – não aconteceu só nos seus circuitos, isto é, será que ela não alucinou tudo? Ou, ainda, será que venceu sem disparar um só tiro, bastando-lhe tomar para ela, uma a uma, e com nosso aceite, todas as atividades humanas?
Veja também:
>> “Uma breve história da ficção científica“, por Vanessa Bortulucce
>> “A ilusão futurista da IA generativa“, por Denise Utochkin
Um exemplo de criação nesse sentido é esta HQ da série The Other End Comics, produzida por Neil Kohney:
Uma paródia de O Exterminador do Futuro (algumas cenas vêm direto dos primeiros filmes), em que as IAs se apossam de todo trabalho criativo, mas não conseguem ganhar um Oscar, pois um certo humano sempre leva – decidem, então voltar no tempo para matá-lo. A Skynet só queria ser reconhecida…
Essas são só ideias. Que outras reimaginações podemos ter? Vale até perguntar para o Copilot, o Gemini, o ChatGPT.